PREFEITURA DE SÃO PAULO ROUBA GENTE HUMILDE E IDOSA COM DESAPROPRIAÇÃO

Prefeitura de São Paulo rouba gente humilde com desapropriação na Zona Leste

A Desapropriação em Itaquera, zona leste de São Paulo, tem causado pânico nos moradores da Rua Castelo do Piauí. A prefeitura desapropriou um monte de casas de gente humilde, a maioria idosos, moradores no bairro há mais de cinqüenta anos. São trabalhadores e aposentados que vivem diariamente violência, roubo e agressão, perderam a tranqüilidade e estão à deriva!

Uma favela começou a existir à beira rio no final da Rua Castelo do Piauí, rua esta em que desemboca o fluxo de carros que vêm da Radial Leste. Com o aumento de barracos e pessoas na favela, as casas são assaltadas e muitos ameaçam os moradores. Muitos drogados vão entrando sem pedir licença.

A maioria dos proprietários fugiu dali, com medo da violência, cansados dos assaltos, não podiam mais dormir sossegados, porque dia e noite, os moradores da favela entram nas casas e roubam tudo, ameaçam, levam botijões de gás, pias de churrasqueiras, tanques, máquinas de lavar, varais, ferramentas, vassouras, roupas, peças do carro e, até mesmo, panos de limpeza e casinhas de cachorro.

Eles matam os cães com veneno e quantos cães chegarem às casas, quantos morrem. Para se ter uma idéia, os telefones são sempre cortados e as campainhas não existem mais, foram arrancadas junto com os fios, deixando apenas os buracos nas paredes dos muros.

Com isso, os moradores fugiram, abandonaram seus lares, casas que levaram a vida inteirinha para construir e para pagar, casas que criaram os filhos, casas grandes e confortáveis, com mais de duas cozinhas, duas salas, pedras na frente, banheiros com banheiras, água quente nas pias, quartos amplos e arejados, garagens, quintal, lavanderias, jardins de inverno, etc.

Eram casas antigas, grandes e confortáveis e que a prefeitura, sem ter a mínima noção de humanidade e direito, joga fora, destrói os lares dos idosos e os colocam em perigo, fazendo-os viver a céu aberto e em meio dos ladrões, viciados e traficantes da favela. O cenário é de guerra!

Os moradores que abandonaram suas casas, porque não tiveram outra escolha, tiveram estas depredadas, nada sobrou, levaram tudo, desde fios, paredes, portas e janelas, azulejos, telhas, madeiramentos. O cenário é de caos total. Os que ficaram e, que somam duas casas, apenas, são ameaçados diariamente. Fora a sujeira e a exposição aos caos forrados com ratos e excrementos, porque quem fica ali, deteriora o lugar que dantes era uma rua pacata, cujos moradores eram trabalhadores dignos. Camisinha, seringas, merda e roedores disputam espaços.

Eis a prefeitura de São Paulo mostrando claramente como se preocupa com os paulistanos, principalmente com os idosos. A prefeitura joga o povo na zona de tiro, no meio do tráfico, no meio dos “nóias”.


Isso que é Prefeitura enhh!

Outro grande problema é que a Prefeitura de São Paulo deseja pagar em troca dessas casas que representaram o trabalho de uma vida inteira, umas moedas, umas poucas moedas, como se essas pessoas fossem lixo também. O eu fazer? Divulgar é a saída?
Agora, depois de sete meses, a Prefeitura de São Paulo, deseja fazer outra vistoria, para depois oferecer bem menos, em vez de três moedas, apenas uma moedinha, quem sabe para um café. Mas, se os moradores, para não morrer, fugiram dali e as casas foram depredadas, arrancadas desde parede, telhado e chão, o que a prefeitura vai vistoriar?

O que ela deseja é realmente dizer que ali não há mais casa alguma, portanto, não pagará mais nada. Só restam aos moradores a denúncia e a consciência de que não se vota por um nome fácil de pronunciar ou uma cara bonita, em época de eleição.
Vamos à luta, se precisar, vamos divulgar fora do País e tentar mostrar como é a verdadeira cara do Brasil, pelo menos de São Paulo e, acima de tudo, mostrar como a prefeitura cuida dos seus idosos, idosos estes que trabalharam mais de cinqüenta anos em prol do progresso e do crescimento de São Paulo.

Eles se envergonham dessa nação, desse País, dessa metrópole.

por Vânia Coelho

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